14 de out. de 2009

DIA DOS PROFESSORES

Parafraseando a parábola do Semeador (Mt 13, 1-9)

Ao sair de casa muita gente sentou ao meu redor. Eu lhes contei algumas histórias para que pudéssemos pensar sobre a vida. Dentre elas, esta:

Uma mulher, uma educadora, saiu a semear. E ao semear, uma parte caiu à beira do caminho. Afinal, não havia aprendido ela sobre o que é importante cuidar quando se está a semear e, vindo as aves, comeram as sementes.
Outra parte caiu em um solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra, e então saindo o sol, a queimou; e porque não tinha raiz, secou-se. Apesar de seus cuidados, ainda estava a iniciar na arte de semear e como sabemos é fundamental conhecer os mistérios da semeadura e isto é coisa que não se faz dos pés para as mãos.
Outras caíram sobre os espinhos, e os espinhos cresceram e as sufocaram. E a mulher começou a ficar perplexa, pois apesar de todos os seus esforços, aquele ambiente não era propício para a germinação, mesmo sendo boas as sementes. Pensou ela em desistir, afinal já bastava a dureza da tarefa de semear e além disso, ter de enfrentar solos tão estéreis que são capazes de destruir as boas sementes... Contudo, não desistiu, haveria de ser forte. Pensou que se aprendesse um pouco mais sobre sua tarefa talvez chegasse a compreender seus mistérios e resolveu continuar a buscar aquilo que ainda lhe faltava.
Outra enfim, caiu em terra boa e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um. Estava a mulher cansada, porém compreendia agora que seus esforços haviam sido recompensados, bastava olhar à sua volta para encher a vista com a colheita que se anunciava. Tinha, contudo, a certeza de que não era possível descansar, afinal a arte de semear, assim como a de educar requer trabalho, cuidado, persistência, esperança... daquelas em que não se pode descuidar nunca.
Então as pessoas indagaram: Por que nos contaste essa história?
Porque como educador(a) carrego dentro de mim essa semeadora. Recebi sempre boas sementes, mas muitas vezes não pude tratá-las com o cuidado que mereciam: algumas abandonei pelo caminho, outras pareciam vigorosas a princípio, mas não as alimentei. Quantas vezes pensei em desistir, mas minha busca não foi em vão. Aprendi que é preciso conhecer a semente e também a arte de tratá-la.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Texto: Rosangela Veliago
Adaptação: Emanoel Lourenço
Escola Coronel João Francisco 2009

Um comentário:

Unknown disse...

parabéns a todos do ceru so falta do pio guerra